Já nem me lembro da última vez que escrevi. Agora sou chateado o dia quase todo e o tempo para mim escasseia, mas pronto, espero que seja só uma questão de tempo e adaptação.
Talvez a coisa mais importante nos últimos tempos tenha sido a minha visita ao Museu Nacional de Arte Antiga. Finalmente visitei um museu nacional e o principal museu português.
Não vim de lá muito impressionado, até pode ser o museu português mais rico em obras e em publicações, mas a museologia e museografia não é melhor do que qualquer outro museu municipal, o que se pode dizer que é gravíssimo. O espaço em si é incrível, é relativamente acessível, mas as exposições são simples e pouco adaptadas aos visitantes, maior parte estrangeiros. As informações encontram-se apenas em duas línguas, não existe apoio informático e os únicos textos que falam um pouco mais sobre as obras expostas encontram-se unicamente em português e não são mais do que folhas de papel plastificadas.
Vamos a exemplos, eu visitei o Museu com duas grandes obras da arte portuguesa em mente, os Painéis de São Vicente e a Custódia de Belém. As obras são muito mais impressionantes ao vivo e merece a visita ao Museu com alguma frequência só para admirar estas obras durante umas horas. Os painéis são a obra principal, exposta de forma mais solene, com um texto simples, mas também não me pareceu o suficiente para uma obra de tal dimensão, o apoio tecnológico tem obrigatoriamente de ser maior. Mas pronto, para mim um sofá ali em frente foi perfeito, deu para ficar pelo menos meia hora a analisar o retrato da sociedade portuguesa do século XVI. A Custódia de Belém, é uma obra de ourivesaria incrível, desde a história, aos materiais, ao mestre e à qualidade do trabalho das figuras e da microarquitectura, mas está colocada como outra obra qualquer, num canto, mal iluminada e com a informação da tal folha plastificada. Não sei qual é o orçamento do Museu, mas o dinheiro parece escassear para o trabalho museológico nas exposições das obras.
E pronto, fiquei mais impressionado com a casa do Sal em Castro Marim, bom sinal, já que é uma colega de curso que trata das exposições da Casa do Sal.
Sem comentários:
Enviar um comentário